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Quase dois meses do retorno das aulas infantis em BH: qual a avaliação dos pais sobre este momento?

Pais de alunos relatam que se sentem seguros com o apoio da escola. Profissionais da educação destacam que é preciso que sociedade confie mais nos profissionais da educação.

Helena, que hoje estuda no Maternal 3, já estava aguardando com ansiedade a hora de voltar para a escola e de poder rever os seus coleguinhas de turma. A mãe, Fernanda Karine Baptista, também aguardava por este momento já que a escola da filha voltaria a ter aulas presenciais após o anúncio de autorização da Prefeitura de Belo Horizonte para as instituições de ensino com o foco na educação infantil. “Penso que o retorno presencial da minha filha foi positivo em diversos aspectos: socialização com outras crianças, apoio pedagógico, espaço ao ar livre para brincar e criar. São coisas que não temos em um apartamento”, conta.

A mãe explica que o papel da escola nessa retomada gradual no setor de ensino tem sido muito importante para o desenvolvimento e aprendizado da filha. “Percebo que, ao longo deste 1 mês de retorno presencial, a escola tem cumprido rigorosamente os protocolos de segurança e higienização. As crianças pequenas, como o caso da minha filha Helena, estão usando as máscaras de proteção e seguindo todos os combinados”.

A escola que Helena estuda é o Colégio Arnaldo, localizada no bairro Anchieta, em Belo Horizonte, que teve o retorno das aulas dividido em datas para uma fase de adaptação de protocolo, conforme explica a Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil, Christiane Bustamante. “A medida em que a gente recebe mais alunos, a gente começa a manter um maior escalonamento de entrada e saída das crianças, de maneira que, o mesmo espaço não seja utilizado por mais de uma turma ao mesmo tempo, permitindo que a higienização e a sanitização sejam realizadas entre uma turma e outra. É possível ter uma aula com segurança”, explica a educadora.

No Colégio Arnaldo, que também tem uma unidade localizada no bairro Funcionários, os alunos do Maternal I, II e III retornaram às atividades presenciais no dia 26 de abril. Já os alunos do 1º e 2º períodos da Educação Infantil, que são as crianças de 4 a 6 anos, voltaram para a escola no último dia 13 de maio.

“Fizemos todas as adaptações necessárias de acordo com os protocolos, tanto é que estávamos prontos para o retorno das aulas desde o ano passado. Dentro dessa preparação, investimos ainda em formação com os professores e equipes de limpeza, pois a estrutura do colégio é muito grande. Além disso, foram instalados tapetes sanitizantes, totens nas entradas de cada ambiente, sinalizações por todos os cantos da escola, espaços com destacamento de 1 metro e meio de distância. Inclusive, até os murais foram plastificados para facilitar na limpeza. Oportunizamos tudo para que ficasse fácil para higienização”, explica a Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil da unidade Funcionários, Rosimeire Marques.

Ela que há 10 anos atua como coordenadora na escola, relata que é preciso que os pais e a sociedade confiem na escola. “Oriento que muitas coisas vieram a acrescentar com a pandemia, como é a necessidade de uma maior atenção com a higienização e a sanitização. Antes, estas questões não eram tão observadas pelas organizações, famílias e entidades públicas. Tudo isso vai permanecer”, pontua.

O colégio ainda criou uma cultura de que os pais só trouxessem os alunos com a lancheira delas, sem precisar de bolsa com materiais escolares, brinquedos e outros objetos. Assim, as crianças ao chegar na portaria teriam a lancheira higienizada. “Dentro de sala de aula é a mesma coisa, o kit pedagógico que criamos, que contém brinquedos individuais, potes de canetinhas e pinceis, e outros itens didáticos são de uso individual e todos são higienizados na hora da distribuição e na hora que são guardados, cada com a sua identificação”, ressaltam a Christiane, e Rose complementa: “Todo esse cuidado da escola é para que os pais possam se sentir tranquilos, confiantes nos educadores, e as crianças bem protegidas”.

Amanda Thais de Souza Vieira, mãe da Manuela, do 2 ⁰ período da Educação Infantil ressalta que a escola foi fator fundamental para se sentir segura na volta às aulas. “No início da pandemia era tudo novo e assustador, não sabíamos o que era esse vírus e os cuidados necessário para lidar com ele, as escolas fecharam e as aulas remotos ocuparam um lugarzinho dentro das nossas casas o que no início era novidade. Vejo que com todas as mudanças e protocolos, o retorno das aulas, na minha opinião foi tardio, mas foi necessário buscar um novo método de ensino seguro e de qualidade. Quando o colégio propôs aos pais esse novo método, tive a certeza de que a minha filha Manuela poderia voltar pra escola, pois nos foi passado toda segurança e cuidado”, conta.

“Lá no colégio, minha filha e as demais crianças têm as máscaras trocadas duas vezes durante o período da aula e sempre que necessário é higienizado as mãos delas. As professoras e coordenação sempre muito atenciosas e zelosas, o que nos proporciona maior tranquilidade e segurança. Ao retorno das aulas percebi que a agitação e ansiedade da Manuela melhorou. Ela ama a escola, tenho certeza que fizemos a melhor escolha. Acredito que juntos vamos transformar este momento difícil”, conclui.

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