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Qual é a diferença entre avaliação formativa e somativa?

Convencionalmente, as avaliações no âmbito escolar são utilizadas como uma forma de mensurar o quanto os estudantes aprenderam durante um determinado período. O formato mais tradicional — empregado por boa parte das instituições de ensino — usa perguntas e respostas cursivas para analisar o desenvolvimento do aluno como um todo.

No entanto, embora o método tenha, sim, a sua validade, o ideal é que seja combinado a outros, como as avaliações formativa e somativa. Você já ouviu falar sobre elas?

Neste post, vamos explicar o conceito de ambas, destacando as suas diferenças, como funcionam, as suas vantagens e as desvantagens, entre outras informações relevantes. Continue a leitura!

O que é a avaliação formativa?

Em termos simples, a avaliação formativa é um formato contínuo — fazendo parte do cotidiano — que auxilia os docentes no monitoramento do progresso dos alunos, possibilitando que quaisquer desafios de aprendizado sejam identificados. Para tanto, são utilizados diversos testes rápidos que oferecem um feedback pontual em relação ao rendimento escolar da classe.

O seu propósito é identificar o quanto os estudantes absorveram dos conteúdos transmitidos ao passar de uma etapa da aprendizagem para outra. Os testes são um exemplo clássico desse modelo de avaliação, da mesma forma que as lições de casa, as atividades manuais, os jogos de aprendizagem etc.

Nesse caso, o educador pode aproveitar a avaliação formativa para também entregar um "retorno" construtivo aos alunos. No entanto, um ponto indispensável na aplicação do formato é utilizá-lo como um meio para a detecção de falhas e de pontos fracos no sistema de ensino, considerando-o uma oportunidade para modificar — e melhorar — a forma de ensinar.

As suas principais características

Em geral, esse formato mensura o progresso dos estudantes se concentrando na coleta de feedbacks em prol da melhora da experiência de aprendizagem da classe.

Por fim, é válido pontuar que a avaliação formativa idealmente deve ser registrada, já que servirá para oferecer informações aos pais/responsáveis durante as reuniões escolares, por exemplo.

O que é a avaliação somativa?

A avaliação somativa, por outro lado, é um formato tradicional por meio do qual o docente mensura o rendimento dos estudantes com o uso de uma análise padronizada. Via de regra, esse modelo oferece à instituição de ensino uma espécie de panorama que a auxilia a determinar quais serão os próximos passos, com o objetivo de aprimorar continuamente o processo de ensino-aprendizagem.

Baseando-se em resultados, diferentemente da avaliação formativa, a somativa envolve um valor alto de pontuação e determina se os alunos passarão para o nível seguinte no seu aprendizado. Na prática, o professor confia nos resultados de uma prova aplicada ao final de um determinado período para a classificação dos estudantes.

O método é majoritariamente adotado pelas instituições de ensino e, como principais exemplos, podemos citar as provas bimestrais, semestrais ou anuais que a maior parte das escolas já programam no começo do ano letivo. Via de regra, é definida uma nota mínima que os estudantes precisam atingir, levando em conta os componentes curriculares do Projeto Político Pedagógico (PPP) e o regimento.

As suas principais características

Praticidade, variedade, confiabilidade e validade são as características principais desse método. Logo, trata-se de um formato padronizado com base no conhecimento e que é concluído sempre com um resumo objetivo dos resultados da avaliação.

Quais são as diferenças mais marcantes entre as avaliações formativa e somativa?

O momento em que elas ocorrem é uma das principais distinções entre ambas, já que a formativa acontece, como dito, de maneira contínua ao longo do processo de ensino-aprendizagem, enquanto a somativa é feita ao final dos ciclos.

O propósito de aplicação também é um elemento que as diferencia. Na formativa, os docentes buscam verificar se os estudantes estão indo bem ou precisam de alguma ajuda, com o objetivo de melhorar a sua aprendizagem. Na somativa, são atribuídas notas que demonstram se a meta de aprendizagem foi alcançada ou não.

Nesse último caso, torna-se mais difícil para o professor orientar os estudantes na direção certa, pois a avaliação, uma vez feita, "encerra" o ciclo. Em suma, pode-se dizer que a avaliação formativa é muito mais qualitativa, enquanto a somativa é, na verdade, quantitativa.

Quais são as principais vantagens e desvantagens de ambas e qual é a ideal no contexto escolar?

A avaliação formativa, diferentemente da somativa, avalia os estudantes à medida que eles aprendem. Assim, uma das vantagens desse formato é a possibilidade de realizar alterações do sistema de ensino durante o progresso de aprendizagem.

Nesse sentido, há, então, um incentivo ao aprendizado personalizado, já que os docentes podem utilizar os feedbacks para gerar experiências únicas para cada aluno. No entanto, ao mesmo tempo, é relevante destacar que as notas dificilmente incorporam outros fatores importantes, como a motivação e a disposição para aprender, o que representa uma desvantagem.

Já a avaliação somativa tem como um grande benefício a motivação da classe, que acaba voltando uma atenção maior às aulas. Com resultados mais consistentes, esse formato também funciona melhor para a classificação.

Entretanto, em oposição à formativa, um ponto negativo é a falta de personalização. Afinal, toda a turma é submetida ao mesmo teste e, assim, avaliada da mesma maneira.

Contudo, a grande verdade é que não existe um formato mais — ou menos — recomendável. Há, na realidade, o modelo que se mostra mais adequado a cada caso, e o mais indicado, inclusive, é que ambos sejam empregados de maneira complementar, ainda que o uso de cada uma das avaliações demande circunstâncias distintas.

Afinal, se as formativas são muito mais alinhadas à perspectiva de metodologias mais ativas de ensino, permitindo que os alunos se tornem protagonistas do próprio processo de ensino-aprendizagem, as somativas são fundamentais para orientar a instituição como um todo, avaliando o coletivo.

Portanto, é possível afirmar que ambas — as avaliações formativa e somativa — são essenciais para que seja realmente viável garantir uma análise aprofundada e mais completa da aprendizagem, tanto individual quanto coletivamente. Logo, a combinação dos dois métodos oferece uma avaliação mais equilibrada, abrangendo as habilidades e os conhecimentos dos estudantes.

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