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Por que a pressão dos pais pode prejudicar crianças e adolescentes?

Trabalhos de um lado, provas de outro. Com a pandemia, soma-se aí o desafio de lidar com ferramentas online e aulas a distância. Quando pequenos, a necessidade de aprender a base para um bom desenvolvimento cognitivo. Já em anos do ensino médio, a ansiedade pela escolha de uma profissão e pela aprovação no vestibular.

São muitas as pressões externas pelas quais os estudantes passam em sua jornada escolar. Algumas os levam até à desmotivação com os estudos. Diante desse cenário, o seu apoio é essencial para o bom rendimento de seus filhos na escola.

Neste conteúdo, falamos sobre como a pressão dos pais somada a esses desafios é prejudicial às crianças e adolescentes –– e oferecemos dicas para demonstrar preocupação e incentivo de maneira saudável.

De que maneiras a pressão dos pais influencia a vida dos filhos?

A pressão dos pais pode se manifestar de diferentes formas, mesmo sem que haja a intenção:

  • cobrança por tirar as melhores notas da sala;
  • comparação com irmãos de outras idades, primos, vizinhos ou outros conhecidos;
  • insistência para a escolha da profissão que você ou seu cônjuge seguiram;
  • exigência de que as crianças e adolescentes passem tardes estudando, sem oferecer atividades de lazer e descanso.

Em busca do melhor para os filhos, é comum cair em um desses cenários, pensando que servem de combustível para uma virada de chave no comportamento. Porém, as crianças e adolescentes nem sempre entendem como preocupação e se sentem obrigados a ser os melhores, sem possibilidade de erro.

Logo, vêm os impactos em sua vida: perda de sono diante de momentos desafiadores, estresse excessivo, ansiedade etc. Isso tudo pode levar a problemas ainda mais acentuados, como é o caso de agressividade, falta de apetite ou compulsividade alimentar e quebra nos vínculos afetivos.

Muitos desenvolvem a necessidade de competição constante sem nem entender os motivos. Assim, fazem de sua vida uma eterna disputa entre amigos e familiares: precisam estar no topo, não se conformam com pouco, querem estar em todas as atividades e não admitem qualquer falha

Como contornar esse problema?

Nesse sentido, tenha em mente que acompanhar e apoiar não é o mesmo que cobrar. Você pode oferecer ajuda com as tarefas, perguntar se seus filhos fizeram os deveres e até pedir compromisso com os prazos. Exigir muito deles não é a alternativa ideal para ter retornos de produtividade e organização.

Opte pelo reforço positivo e pelos estímulos ao desenvolvimento, mas sem condicionar o bom desempenho a recompensas. As crianças e adolescentes precisam entender a importância dos estudos, de cumprir com seus compromissos e se dedicar às atividades da escola. É possível mostrar isso a eles a partir de ações simples como:

  • colocar-se à disposição para tirar dúvidas e ajudar nos estudos;
  • em vez de cobrar as melhores notas, fazer combinados de pontuações mínimas –– de 70% ou 80%, por exemplo;
  • monte junto a seus filhos uma rotina de estudos, pedindo a opinião deles sempre, em vez de definir e entregar o cronograma a eles;
  • elogie seus filhos nas pequenas e grandes conquistas escolares;
  • se precisar puxar a orelha, exaltar as qualidades primeiro e mostrar como os estudos e as atividades são essenciais para o desenvolvimento deles;
  • dar o exemplo ao incluir leituras e estudos na sua rotina, mesmo que seja de um hobby;
  • falar abertamente sobre carreira e futuro, perguntando sobre os interesses de seus filhos e explicando os passos para alcançar o sucesso profissional;
  • comparecer às reuniões de escola e manter um diálogo próximo com os professores.

Essa pressão dos pais que vimos pode acontecer sem que você nem perceba. Por isso, vale ter atenção na abordagem de certos assuntos com seus filhos, principalmente os que envolvem notas, desempenho e escolhas de longo prazo. O relacionamento de confiança que vocês têm contribui muito mais para o desenvolvimento deles do que a cobrança insistente e autoritária.

Gostou do conteúdo e quer que outros pais se beneficiem com essas reflexões? Então aproveite para compartilhar o post nas suas redes sociais!

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