É bem provável que você nunca tenha ouvido falar sobre disgrafia ou tenha se deparado com esse termo recentemente e esteja perdido, certo? Se esse é o caso, não se preocupe: muitas pessoas não fazem a menor ideia do que essa palavra significa. E nos próximos minutos, suas dúvidas vão virar coisa do passado!A disgrafia é caracterizada por uma dificuldade motora que se reflete na escrita. Ela, apesar de ser mais comumente associada às crianças, pode afetar pessoas de qualquer idade e tem diversas causas, como veremos a seguir.E então, pronto para entender o que é a disgrafia e descobrir como esse problema pode afetar o desenvolvimento do(a) seu(sua) filho(a)? Então, continue a leitura e tire as suas principais dúvidas sobre esse assunto. Vamos lá!
O que é a disgrafia?
Disgrafia é o nome dado a um distúrbio de uma origem neurológica, cuja principal característica está na dificuldade da escrita e de algumas expressões motoras. Esse tipo de problema causa alterações na estruturação das palavras e também na ortografia.A disgrafia está encaixada no mesmo grupo que outros distúrbios de aprendizagem, como a dislexia — que afeta a leitura — e a discalculia — que afeta a interpretação dos números. É um problema relativamente frequente entre as pessoas que têm TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), mas não é exclusivo desse grupo.
Quais são os seus sintomas?
Veja, agora, alguns dos principais sintomas da disgrafia!
Escrita lenta
Um dos principais sintomas da disgrafia é a lentidão para escrever. Como não se sente confortável nessa tarefa, o paciente tem a tendência a demorar a realizá-la.
Dificuldade ao copiar palavras
Copiar palavras pode parecer uma tarefa simples para a maioria das crianças, mas não para aquelas que têm disgrafia.
Ortografia incorreta
Muitas vezes, o paciente com disgrafia também apresenta erros ortográficos, ainda que consiga ler tranquilamente e não apresente o mesmo problema ao falar.
Espaçamento inadequado
Muitas crianças têm espaçamentos errados quando aprendem a escrever, deixando as letras muito juntas ou afastadas. No entanto, caso isso não se resolva com o tempo, pode ser um sinal de disgrafia.
Falta de coordenação motora
Dificuldades para segurar os lápis e as canetas são outro sinal clássico do indivíduo com disgrafia. No entanto, nem sempre esse tipo de sinal está presente.
Dificuldade para desenhar
A dificuldade para a realização de traços nos desenhos também pode estar associada à disgrafia. Instabilidade nessa área devem ser um sinal de alerta, especialmente em crianças com mais controle de suas habilidades motoras, ou seja, que tenham mais de cinco anos de idade.Lembrando que as pessoas que lidam com a disgrafia não precisam, necessariamente, apresentar todos os sinais mencionados acima. Cada caso é completamente único, assim como as manifestações de cada indivíduo.Por isso, a disgrafia está classificada em vários tipos, de acordo com a sua apresentação. Mas não se preocupe com essas divisões. Caso perceba algum dos sintomas acima, fique de olho!
Quais são as causas mais comuns da disgrafia?
A disgrafia pode ter duas versões diferentes. A primeira é conhecida como forma adquirida, enquanto a segunda está relacionada com o desenvolvimento do indivíduo. No primeiro caso, temos como causas eventos traumáticos, como lesões no cérebro ou problemas degenerativos.No segundo, ainda não há uma causa determinada para o problema. Pesquisadores continuam batalhando em busca de respostas, mas essa é uma forma que está presente desde o início da vida da criança, trazendo prejuízos ao seu desenvolvimento na área da escrita.
Como esse problema pode ser identificado?
O diagnóstico de disgrafia é um processo. Para que essa seja uma hipótese levantada, o paciente em questão precisa apresentar pelo menos um dos sintomas mencionados por um período superior a seis meses.Além disso, é preciso que esse indivíduo — que pode ou não ser uma criança — apresente dificuldades de obter boas notas ou desenvolver adequadamente qualquer tipo de habilidade que envolva a escrita.Na maioria das vezes, o diagnóstico começa pela escola. Os educadores podem identificar as dificuldades da criança e encaminhar a sua preocupação para os pais e/ou responsáveis. Depois, é hora de buscar o apoio de profissionais como o neurologista, o pediatra e o psicólogo.Juntos, eles vão desenvolver alguns testes e estratégias para excluir algumas possíveis causas para esse comportamento e, assim, fechar o diagnóstico de disgrafia. Entre eles, podemos citar a avaliação de redações, conversas com a criança e a realização de alguns exames de imagem.
Quais são as opções de tratamento disponíveis?
A disgrafia não é uma doença e, portanto, não é algo que pode ser curado ou “tratado”. Apesar disso, há métodos para atenuar os seus sinais e colaborar para uma melhora na escrita das pessoas afetadas.Uma medida possível é a implementação de estratégias em classe que colaborem para a melhora do desempenho desses indivíduos. Sendo assim, a escola deve ser um ambiente acolhedor, com profissionais qualificados e preparados para lidar com essas diferenças.Boas estratégias são o uso de lápis especiais, que promovem um maior suporte aos indivíduos que lidam com a disgrafia. A troca de papéis para tipos específicos e o uso de outras metodologias (como provas orais ou o uso de teclados para digitação) também podem ajudar.A adaptação dos recursos em sala para esses alunos é indispensável para que o seu desempenho não seja prejudicado. Essas medidas devem ser mantidas ao longo de toda a vida do indivíduo, exigindo que a sociedade como um todo seja mais inclusiva.Além disso, o paciente também precisará passar por acompanhamento especializado com psicólogos e outros profissionais. Em caso de TDAH concomitante, o tratamento para esse transtorno deve ser implementado por uma equipe multidisciplinar.Como podemos ver, a disgrafia é um problema relacionado com a escrita. Se o(a) seu(sua) filho(a) apresenta alguns dos sintomas mencionados e esse termo chegou a ser mencionado pelos educadores responsáveis por ele(a), é hora de começar a investigar a possibilidade. Assim, cuidados poderão ser instaurados o quanto antes!Caso você queira continuar por dentro de dicas e informações como essas, não deixe de seguir o Colégio Academia nas redes sociais! Você pode nos encontrar no Facebook, no Instagram, no Flickr e também no YouTube. Até a próxima!