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Idade para namorar: será que existe um momento ideal?

A educação dos filhos é um desafio constante. Quando eles entram na adolescência surgem novas dificuldades e inseguranças para eles próprios e também para os pais. Uma delas é sobre a idade para namorar e como tornar isso algo natural, sem abalar as relações familiares.

Não existe uma determinação sobre quando o seu filho deve ter envolvimentos amorosos. Esse tempo é individual e é importante que a família esteja presente nas mudanças que o jovem passa, para que ofereça apoio e orientação. Contudo, é possível observar os sinais de que ele está pronto, ou não, para dar esse passo.

Separamos algumas dicas de como saber se seu filho está na idade para namorar com o objetivo de ajudar você a entender e a lidar com esse momento. Continue a leitura e confira!

Existe diferença na abordagem entre meninos e meninas?

É preciso que os pais mantenham o canal do diálogo aberto para orientar sobre o conhecimento do próprio corpo e das emoções. Não é interessante que isso seja forçado — o adolescente pode se sentir mais à vontade apenas com o pai ou apenas com a mãe. Isso acontece independentemente do seu gênero, e precisa ser respeitado.

Dessa forma, a puberdade — a transição da infância para a fase adulta — começa, em média, entre 8 e 13 anos para as meninas e 9 e 14 anos para os meninos. Por isso, quando ela começa, os pais devem ser muito presentes e explicar sobre as transformações que acontecem no corpo, assim como as novas emoções.

Nesse sentido, é preciso tirar as dúvidas que surgirão e que são diferentes para meninos e meninas, uma vez que as etapas da puberdade são distintas entre eles. Isso precisa ser encarado com naturalidade, sem repressão.

É um período delicado e, se não houver o apoio em casa, os jovens buscarão amparo com outras pessoas. Isso poderá gerar um distanciamento, impedindo que os pais orientem seus filhos de acordo com os valores em que acreditam.

Como deve ser o diálogo?

A educação para a forma de se relacionar com o mundo acontece desde o nascimento, na maneira como os adultos conversam com a criança e como se relacionam entre si na frente dos filhos. Por isso, é importante que na infância se evite buscar uma "adultização" precoce.

É fundamental que as pessoas mais velhas não confundam a amizade entre crianças com namoro, por exemplo. Comentários como "vai fazer sucesso com as meninas quando crescer" ou "essa menina vai dar trabalho aos pais", por mais inofensivos que pareçam, também podem antecipar a entrada em universo que ainda não está no tempo certo de acontecer.

Nesse sentido, é fundamental que o diálogo seja constante, desde as primeiras demonstrações de curiosidade sobre o corpo e sobre o que acontece em volta. Como dissemos, quando os filhos não conseguem conversar com a família, eles buscam orientação fora de casa, muitas vezes com os colegas.

Menos repressão e mais conversa

A recomendação é que os pais estejam cientes sobre as mudanças que acontecem com os jovens na adolescência, para que, assim, saibam como lidar com as questões que podem surgir.

Também se recomenda evitar a repressão ou proibição, pois isso estimula o desafio, o que pode fazer com que o adolescente namore escondido. É preciso criar um ambiente seguro para que falem sobre os seus medos e dúvidas.

Assim, é papel dos pais orientar os filhos sobre os seus valores, estipular alguns limites — sem reprimir — e mostrar quais são as responsabilidades que estão envolvidas quando se inicia uma relação.

Nada de bisbilhotar

A privacidade dos adolescentes precisa ser respeitada. Por isso é tão importante manter uma relação baseada na confiança e no diálogo. Os familiares devem oferecer a orientação sobre os riscos e os cuidados que os jovens devem ter, mas sem invadir o espaço deles.

É fundamental que os pais se mostrem sempre abertos e compreensivos, para evitar que os filhos escondam aquilo que fazem. Por isso, nada de ler as conversas em redes sociais ou abrir as gavetas sem permissão, pois criará mais afastamento e uma relação de inimizade.

Como saber se é a hora certa?

Como dissemos, não existe biologicamente uma idade determinada para que se comece a namorar. No entanto, quando a família estabelece uma boa relação, é possível perceber se o adolescente tem maturidade suficiente para lidar com um namoro.

É importante tentar perceber se a decisão é mesmo do jovem ou se ele está cedendo a uma pressão social. Fazer a escolha por causa de colegas pode levá-lo a dar um passo para o qual ainda não está pronto.

Dessa forma, é impossível afirmar com precisão se o adolescente está, ou não, na idade para namorar. Cada indivíduo é único e tem o seu próprio tempo. Os pais devem conhecer bem os seus filhos para que possam perceber a forma como eles lidam com as suas relações e com as suas emoções.

Não minimize os sentimentos do seu filho

O primeiro amor é muito importante na vida de um jovem, pois ajuda a criar laços mais intensos fora do ambiente familiar, abrindo caminho para o desenvolvimento socioemocional.

Assim, é comum que nessa fase ele se afaste um pouco e suspire o tempo todo pela pessoa amada. Da mesma forma, é comum sentir que o mundo vai acabar quando as expectativas amorosas são frustradas.

O ideal é que a família busque oferecer acolhimento. Isso permitirá conhecer melhor a pessoa com quem o filho está envolvido e, assim, manter a sua segurança. Também é preciso reconhecer os sentimentos do adolescente, sem desmerecer ou diminuir as suas emoções que, segundo características da fase, são muito intensas

Como vimos, é importante que os pais busquem ser compreensivos e acolhedores durante as transformações dos adolescentes. Com atenção e carinho, você perceberá se o seu filho está na idade para namorar e se conseguirá lidar de forma saudável com essa nova experiência, tão importante na vida dele.

Os pais de adolescentes precisam enfrentar muitos desafios para oferecer uma boa educação. Veja algumas dicas que podem ajudar a família a passar por essa fase de maneira mais tranquila!

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