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Filhos de pais separados: 5 principais desafios na criação

Durante o divórcio, todos os envolvidos passam por um momento de adaptação. Contudo, é importante voltar toda a atenção aos filhos de pais separados, pois são eles os mais impactados nessa mudança. Embora os responsáveis busquem relações sólidas e duradouras, a separação pode ser a única alternativa quando não há consenso entre o casal.

Em cada família a separação ocorre de um jeito, mas é importante que os pais tenham maturidade para focar a atenção nos filhos. A mudança de casa, os novos hábitos e o menor tempo com um dos responsáveis pode impactar negativamente a vida da criança, prejudicando, inclusive, o seu desenvolvimento escolar. Por isso, o diálogo é fundamental nessa fase, para dar mais segurança emocional aos jovens.

Pensando nisso, separamos neste conteúdo alguns desafios comuns durante a fase de separação e como superá-los. Acompanhe conosco!

A importância da união dos pais nesse momento

Os momentos de separação e pós-separação são complicados para os pais. Cada um precisa entender uma nova realidade, adaptar-se às mudanças e cuidar da parte emocional. Infelizmente, em alguns casos, o divórcio termina com muitas brigas, e os responsáveis nem se falam mais.

Contudo, é importante ter maturidade e encarar os desafios. Nesse momento, é necessário que os responsáveis sejam pais, antes de serem ex-companheiros, e tentem minimizar os problemas e as frustrações que podem ocorrer.

Para as crianças, principalmente, o processo de separação pode ser muito doloroso, causar insegurança e estresse. Por vezes, o(a) filho(a) tende a se culpar pela separação ou acredita que o responsável que está saindo de casa está o(a) abandonando.

Por isso, os pais devem manter uma relação saudável e promover o diálogo e a união, para os filhos perceberem essa harmonia e conseguirem entender que a separação não é sinônimo do fim da família.

Os 5 principais desafios na criação dos filhos de pais separados

Conforme dados do IBGE, no Brasil, um a cada três casamentos termina em divórcio. Nesse contexto, a separação tem se tornado algo comum na vida de crianças e adolescentes. No entanto, sem o correto apoio, os filhos de pais separados podem se tornar adultos fragilizados, inseguros e imaturos. Portanto, é necessário entender os desafios que a separação traz e encará-los com maturidade.

1. Dificuldade de convivência

Durante o processo de divórcio, é importante que a criança não tenha contato com brigas e discussões. Quando o(a) filho(a) participa desses momentos, ele(a) tende a tomar partido de um dos pais e fica com raiva do outro responsável.

Esse conflito não é saudável, gera estresse e dificulta a convivência entre as partes. Independentemente de qual seja o motivo do término, a criança não pode tomar as dores do mais afetado. Afinal, aquelas pessoas sempre serão os pais dela, mesmo que tenham errado como parceiros.

Os responsáveis e familiares também não devem falar mal dos ex-companheiros na frente da criança. Por exemplo, se o pai não está pagando pensão ou fazendo visitas regulares ao(à) filho(a), não divida isso com ele(a), pois, certamente, já sofrerá com a ausência e não precisa de mais motivos que dificultem a convivência.

2. Insegurança da criança

O medo é comum na vida dos filhos de pais separados, pois eles acreditam que estão perdendo seu amor. De fato, a separação abala a vida da criança, pois ela precisará criar outra rotina para compartilhar momentos com os responsáveis. Se antes as refeições, os passeios e as viagens eram com toda a família, agora uma divisão será estabelecida.

Contudo, é muito importante que os pais tenham maturidade e respeito com os filhos e não extrapolem essa divisão. Durante os aniversários, os eventos na escola e outros momentos importantes, é fundamental comparecerem em conjunto e dar todo suporte emocional e apoio às crianças.

3. Divisão das responsabilidades

Dividir responsabilidades vai muito além da parte financeira e desenvolvimento de uma rotina com a criança. Os pais precisam entender que muitas questões serão decididas em conjunto, em termos de valores e melhores escolhas para os filhos. Manter o diálogo, trocar experiências e negociar é sempre o melhor caminho para ter uma boa educação compartilhada.

Assim, independentemente da modalidade de guarda, ambos os responsáveis têm direitos e deveres quanto à educação do(a) filho(a). Portanto, impedir que o pai ou a mãe participe desse momento como forma de punição ou vingança pode trazer péssimas consequências para a formação da personalidade do(a) jovem.

4. Rivalidades na educação

As rivalidades pessoais não devem se estender aos valores ensinados aos filhos. Quando há conflitos nessa prática, criando dúvidas do que pode ou não pode, do que é certo ou errado, a criança fica confusa e se sente instável frente a outras relações. Nesse caso, os responsáveis devem alinhar regras quanto à alimentação, uso de tecnologia, horário de dormir e bons hábitos.

Em um grau mais sério, essa rivalidade pode ocasionar a alienação parental, que é quando um dos responsáveis ou familiares induzem a criança a repudiar a outra parte ou impede o(a) filho(a) de se relacionar e ter contato com esse indivíduo. Diante disso, deve haver a intervenção da justiça, pois é direito da criança conviver com os pais, independentemente das rivalidades pessoais.

5. Excesso de concessão para compensar a falta

Outro ponto prejudicial e comum na vida de filhos de pais separados é quando um responsável cede demais para agradar o(a) filho(a). Normalmente, aquele(a) que não mora mais com a criança tende a não estabelecer limites, visando a ganhar a preferência dela.

É uma tentativa de suprir a presença por meio de presentes e benefícios que satisfaçam o(a) filho(a) naquele momento. Contudo, em longo prazo, a criança pode se tornar mimada e sem limites. A fim de evitar isso, tente aumentar o contato com a ajuda da tecnologia, conversas por vídeo ou uma fugidinha do trabalho para levar ou buscar o(a) filho(a) na aula.

A importância do recomeço

Por fim, é importante que os pais dialoguem com os filhos para eles entenderem o que está acontecendo. Falar sobre o divórcio não deve ser um tabu ou um assunto proibido, por isso, conforme a idade da criança, converse com ela e a faça entender aquilo como um processo difícil, mas natural.

Fale sobre a mudança do responsável, explique de que maneira será a nova rotina, dê espaço para a criança opinar quando ela quer dormir na casa do outro responsável e o que a deixa triste. Afinal, ela é a maior interessada nisso. Também informe à escola sobre a separação e peça ajuda aos professores para avaliar como o(a) seu(sua) filho(a) está passando por essa transição.

Além disso, nunca esqueça de demonstrar amor à criança e falar o quão importante ela é para vocês, porque, mesmo com o divórcio, isso é algo que nunca vai mudar. Ao superar esses desafios, fica mais fácil para os filhos de pais separados terem uma vida tranquila e se desenvolverem bem psicológica e socialmente.

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