Novas metodologias de ensino nasceram nos últimos anos para repensar as maneiras tradicionais de aprendizado no ambiente escolar. Elas ganharam o nome de metodologias ativas. Na esteira desse desenvolvimento, foi criado o método de aprendizagem maker para transformar a relação entre professores e alunos.
As metodologias ativas, incluindo a aprendizagem maker, consideram o estudante como o principal agente na construção do conhecimento. Por isso, elas apresentam vários benefícios para o crescimento e o desenvolvimento infantil.
Mas, a aprendizagem maker, em particular, tem diferenças em relação ao conjunto de metodologias aplicadas na escola. Neste post, vamos explicar mais detalhes sobre a aprendizagem maker, seus diferenciais e como a metodologia pode ajudar no desenvolvimento dos mais jovens. Confira!
Qual é o conceito de aprendizagem maker?
A aprendizagem maker é a metodologia de ensino que nasceu de uma abordagem mais ampla, que é chamada de educação maker, ou “faça você mesmo”. Esse é um movimento que tem o objetivo de transformar todo e qualquer espaço de aprendizado, como empresas, escolas e até o ambiente doméstico.
A ideia central é criar um espaço rico que desperte a criação por meio de atividades práticas, livre expressão, inovação e possibilidade de erros e acertos.
Nessa proposta, professores e coordenadores passam a desempenhar a figura de orientadores, guias do conhecimento que são capazes de gerar reflexões dos alunos, provocar novas ideias e criar e propor diferentes dinâmicas de aprendizado.
Saiba que escolas que adotam a aprendizagem maker demonstram preocupação com o estímulo das habilidades do profissional do futuro.
Quais são as principais características da aprendizagem maker?
O pensamento crítico, a criatividade, o trabalho em grupo e a capacidade de resolver problemas são características da aprendizagem maker e fazem parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além disso, a metodologia também é utilizada para:
- estimular a curiosidade, investigação e descoberta por parte dos jovens;
- incentivar a aplicação do conhecimento na prática, tornando o aprendizado mais significativo e relevante;
- favorecer o uso de novas tecnologias e ferramentas, como máquinas de corte a laser, drones e impressoras 3D;
- ensinar sobre sustentabilidade, encorajando estudantes a criar projetos com materiais recicláveis e reutilizáveis;
- desenvolve a comunicação, permitindo que os alunos compartilhem ideias, discutam soluções e trabalhem juntos.
Por que a aprendizagem maker é fundamental atualmente?
A capacidade de trabalhar em grupo e a resolução criativa de problemas, por exemplo, são habilidades cada vez mais requisitadas por empresas, portanto, vão fazer a diferença na vida do futuro cidadão.
Liderança, proatividade e capacidade técnica para lidar com a tecnologia também são competências importantes para preparar jovens para os diversos desafios do mercado de trabalho, que tem mudado bastante nos últimos anos.
Essas e outras competências podem ser estimuladas desde cedo nos espaços educacionais por meio da aprendizagem maker. Explicaremos como isso é possível ainda nesse post. Continue acompanhando!
Quais são os benefícios principais da aprendizagem maker?
A aprendizagem maker tem a tarefa de desafiar o aluno a pensar sobre problemas que o cercam, como as questões da própria escola ou da região local. Veja, a seguir, quais são os outros benefícios desse método para a educação de jovens e crianças.
Liberdade para a criação
O “espaço maker” é um laboratório inteiramente dedicado à criação. Nele estão impressoras 3D, notebooks, ferramentas, recursos recicláveis e diferentes tipos de itens de papelaria para estimular o lado lúdico e a criatividade dos alunos.
Desenvolvimento da autonomia
O desenvolvimento da autonomia infantil permite que a criança construa uma personalidade saudável e desenvolva a capacidade de resolver conflitos com maior naturalidade ao longo da vida. Para o processo de aprendizagem, essa também é uma competência que vai ajudar os alunos dentro e fora do ambiente escolar.
Coordenação motora dos alunos
Em aulas que fazem os alunos colocarem a mão na massa, os professores podem oferecer materiais pré-fabricados para a montagem de objetos e itens básicos de marcenaria. Esse tipo de atividade trabalha competências essenciais para o desenvolvimento das crianças, como a espacialidade e a coordenação motora.
Conexão com os assuntos da sala de aula
As aulas maker podem ser realizadas para que alunos sejam introduzidos em conceitos mais complexos vistos em sala de aula, principalmente relacionados às matérias de exatas, como Matemática e Física.
Práticas como computação, programação e robótica podem ser usadas pelos professores com essa finalidade. Assim, o processo de ensino escolar torna-se mais divertido e atrativo para os mais jovens.
Quais são os diferenciais da aprendizagem maker?
A aprendizagem maker faz parte de um conjunto de metodologias ativas que visam colocar os alunos como agentes do conhecimento. Cada uma tem particularidades, tanto no ambiente escolar quanto em qualquer outro espaço de conhecimento.
Nesta parte do conteúdo, vamos comparar a aprendizagem maker com duas outras metodologias ativas, ok? Acompanhe logo a seguir.
Aprendizagem maker e STEAM
O STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics) é outra metodologia popular em espaços educacionais mais inovadores. Esse modelo visa unir os conhecimentos da Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática para ensinar os alunos a enfrentar os desafios da vida e do mundo do trabalho.
Os professores, assim como na aprendizagem maker, apresentam-se como guias do conhecimento. No entanto, na metodologia STEAM, os alunos são guiados em projetos específicos que incentivam cinco competências: investigação, descobrimento, conexão, criação e reflexão.
Aprendizagem maker e Gamificação
A gamificação é outra metodologia ativa muito importante. A sua proposta é transformar o processo de ensino-aprendizagem usando elementos tradicionais dos games, como etapas, recompensas, desafios, protagonista, objetivo etc.
Ela pode ou não envolver o uso de tecnologias. Os professores podem, por exemplo, usar celulares como aliados na aprendizagem dos conteúdos das aulas. A principal diferença em relação ao aprendizado maker está no uso do formato dos jogos eletrônicos para tornar os alunos agentes da construção do conhecimento.
Promovendo a aprendizagem maker em casa
A ideia de “faça você mesmo”, como vimos até aqui, é uma abordagem importante em qualquer espaço de aprendizado, e isso inclui o ambiente doméstico dos alunos também.
Os pais, tios, avós e outros adultos podem promover o trabalho em grupo, a autonomia, o protagonismo e os benefícios da aprendizagem maker fora da sala de aula.
Isso pode ser feito de várias maneiras. O próprio brincar, principalmente para as crianças menores, já faz parte do processo de desenvolvimento intelectual e cognitivo. Então, promova experiências de colocar a mão na massa que sejam exploratórias e imersivas.
Convide os jovens da geração digital a sair um pouco das telas e brincar em espaços abertos. Introduza-os em atividades que envolvam, por exemplo, blocos de montar ou figuras de papel para cortar, colar e criar objetos.
Como inserir a aprendizagem maker na escola?
Agora que sabe mais sobre o assunto, chegou o momento de entender como a aprendizagem maker pode ser inserida nos espaços escolares de maneira prática. Confira!
Integração das novas tecnologias com a educação
Não podemos fugir das tecnologias, afinal, elas fazem parte do nosso dia a dia, especialmente de crianças e jovens. Integrá-las à educação é fundamental para estimular o aprendizado maker, tornar o ensino mais moderno e adaptável, além de preparar os estudantes para o mundo digital.
Apostar em plataformas de ensino online, usar a realidade virtual, os aplicativos educacionais e a gamificação, por exemplo, são maneiras de integrar a tecnologia à educação e, assim, estimular o protagonismo e o autodidatismo dos alunos.
Criação de um espaço maker
É importante criar um espaço físico para fomentar a aprendizagem maker, permitindo que os alunos experimentem e criem projetos livremente. Uma sala específica, um laboratório ou até mesmo uma parte da biblioteca podem ser utilizados para essa finalidade. O local, no entanto, deve ser amplo e colaborativo para estimular a participação dos estudantes.
Além disso, ferramentas tradicionais de marcenaria, equipamentos de robótica e eletrônica e impressoras 3D, por exemplo, são indispensáveis para incentivar o espírito “mão na massa”. Itens recicláveis, como retalhos de madeira e tecido, também não podem faltar no local.
Incentivo à realização de trabalhos manuais
É comum relacionar a aprendizagem maker à tecnologia, porém a máxima do “faça você mesmo” não se aplica apenas a isso. Na verdade, os trabalhos manuais podem ser vistos como uma base para esse tipo de metodologia, sabia?
Isso porque a criação e a exploração de ideias através do uso das mãos são essenciais para que crianças e jovens possam experimentar e testar suas ideias, aprendendo com erros e aprimorando soluções.
Um exemplo são os trabalhos em madeira. Crianças e jovens podem apreender a cortar, lixar e montar peças para criar objetos, como porta-retratos ou brinquedos. Ou, quem sabe, realizar projetos com papel, como origamis ou livros artesanais. Até a criação de uma horta capaz de estimular a aprendizagem maker nas escolas.
Se você está procurando uma escola para seus filhos, fique de olho na aprendizagem maker. Instituições de referência, como o Colégio Verbo Divino, preparam os alunos desde cedo para os desafios da vida e do mundo do trabalho, de uma maneira criativa, inovadora e sempre voltada para as habilidades centrais do desenvolvimento infantil.
Para conhecer os valores, a missão, as abordagens e muito mais detalhes sobre o Colégio Verbo Divino, acesse nosso site e entre em contato com a gente!