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Aprendizagem mão na massa: entenda o que é e como funciona

“Colocar a mão na massa” é uma expressão muito popular no Brasil. Talvez seja uma alusão ao padeiro ou ao pedreiro, mas significa que devemos ser ativos se quisermos conseguir alguma coisa. E isso, portanto, é válido para qualquer profissão.

Mas também é apropriado para estudantes, que podem, desde a infância, “colocar a mão na massa” para aprender. Vamos analisar, ao longo do texto, o que é e como funciona essa aprendizagem!

O que é aprendizagem mão na massa?

“Aprendizagem mão na massa” e “faça você mesmo” são termos que se correlacionam. Geralmente, aplicados em outros contextos, podem ser usados no setor de educação com muito sucesso, de forma inovadora.

A proposta desses conceitos é colocar o(a) estudante como o foco do aprendizado, principalmente em fases tão especiais, como a educação infantil. A aprendizagem mão na massa está se destacando e sendo cada vez mais adotada nas instituições de ensino. Os resultados prometem ser muito bons — daí a tendência em aplicar esse modelo.

Em resumo, colocar a mão na massa na escola é aplicar a teoria aprendida, ou seja, unir teoria e prática. Praticando, a criança consegue assimilar melhor o que aprendeu. A teoria assimilada começa a fazer sentido no dia a dia do(a) aluno(a).

Como funciona a aprendizagem mão na massa?

Conforme afirma Ana Paula Gaspar, consultora em tecnologia e inovação, para aplicar esse tipo de aprendizagem, é necessário ter “mão na massa e cabeça no processo”.

Os educadores devem realizar um planejamento e definir, com clareza, quais serão os objetivos e, em seguida, esboçar as atividades com recursos que possibilitem a fabricação.

É uma prática que abre boas oportunidades para a experimentação — e, consequentemente, também dá margem a erros. Por esse motivo, o(a) aluno(a) deve ter compreensão efetiva dos conhecimentos passados nas aulas para que consiga transferi-los para diferentes situações da vida.

Para a aprendizagem mão na massa, é importante investir em materiais diversos, como:

  • papelão;
  • plástico;
  • tampinhas;
  • garrafas pet;
  • potes;
  • palitos de sorvete;
  • lâmpadas LED;
  • baterias 9 V;
  • resistores;
  • motores 3 V/6 V;
  • fios;
  • suporte para bateria;
  • garras de jacaré.

Esses materiais ajudarão no desenvolvimento de projetos mão na massa. Os educadores devem organizar, como já ressaltamos, um roteiro de trabalho e fazer perguntas para estimular a criatividade dos alunos.

Quais são as vantagens de aplicar a aprendizagem mão na massa?

A aprendizagem mão na massa é positiva para estudantes e professores. Vejamos alguns motivos e vantagens de sua aplicação.

Melhor absorção de conhecimento

Por meio da experimentação e dos erros, os alunos têm a chance de colocar em prática a teoria aprendida. Trata-se de um teste que confirma se realmente eles conseguiram absorver bem os conhecimentos passados.

Na verdade, essa é a finalidade do conhecimento. Ele deve ser útil à vida prática. A construção e a montagem de dispositivos e equipamentos contribuem para confirmar essa utilidade. E as falhas cometidas pelos estudantes permitem que eles(as) possam descobrir em que pontos ainda precisam melhorar.

Os erros podem revelar a necessidade de revisar a teoria ou podem demonstrar certas limitações do(a) aluno(a) em lidar com situações práticas. Seja como for, “colocar a mão na massa” certamente ajuda a compreender melhor certos conceitos.

Por exemplo, montando um pequeno carro a motor, a criança já começa a entender melhor alguns princípios da Física, o que ajuda a fixar o conteúdo da matéria passada na sala de aula e, posteriormente, facilitará sua compreensão de assuntos mais profundos, em séries mais avançadas.

Possibilidade de desenvolver a proatividade do(a) aluno(a)

A criança, ao praticar o que foi aprendido, também vai adquirindo mais autonomia e autoconfiança para realizar as tarefas. Isso é muito importante para o futuro profissional, que talvez tenha que enfrentar um mercado de trabalho ainda mais competitivo que o atual.

Os próprios erros contribuem para que a criança não se torne muito insegura. Ela não será “condenada” ao cometer erros durante a aprendizagem mão na massa — ao contrário, o educador a ajudará a entender que o erro faz parte do processo de aprendizagem, mas que é necessário identificá-lo e corrigi-lo, de forma que, da próxima vez, seja possível evitá-lo.

As atividades de “faça você mesmo” reforçam o ensinamento teórico e motivam o(a) estudante a provar a si mesmo(a) que ele(a) tem potencial e poderá, anos mais tarde, ser um bom profissional.

A autonomia leva à proatividade, ou seja, à capacidade de antever situações, de tirar conclusões a partir do que já sabe e, assim, obter melhores resultados, solucionar problemas com mais facilidade e até inovar — o que, certamente, é relevante para todo profissional.

Oportunidade para que o(a) estudante possa planejar suas atividades de estudo

Uma das maiores dificuldades dos estudantes é organizar seus estudos. A aprendizagem mão na massa também contribui para um maior senso de organização e responsabilidade, o que pode repercutir positivamente na forma como eles planejam suas atividades de estudo.

Nem sempre é possível fazer em sala de aula as atividades práticas, ou seja, talvez seja preciso recorrer a outro espaço, como um laboratório.

Tanto para as aulas teóricas quanto para a prática em laboratório há um tempo determinado. É importante para que a criança consiga aproveitar melhor seu tempo. Não é um processo mágico, mas gradualmente ela vai conseguir distribuir suas atividades (teóricas e práticas) de forma a extrair o máximo delas.

Maior engajamento do(a) aluno(a) nos estudos

A aprendizagem prática do conteúdo teórico tende a satisfazer a maioria dos alunos. As crianças, principalmente, que são muito ativas e curiosas sentirão seu interesse despertado pelo estudo. É uma nova forma de ver a escola — não como um local que coíbe suas ações, mas como um ambiente que busca explorar suas potencialidades com a orientação de um adulto.

O estudo passa a ser mais divertido e prazeroso, o que motiva o engajamento dos alunos. À medida que aplicam os conhecimentos assimilados, eles vão aprendendo outros assuntos também, relacionados a outras disciplinas. Dessa forma, o “faça você mesmo”, ou a aprendizagem maker (outra denominação para esse modelo de ensino, já que “maker” significa “criador”, “fabricante”) é uma abordagem multidisciplinar.

Diante da importância da aprendizagem mão na massa, é importante que os pais procurem instituições de ensino que implementem esse método inovador e tão eficaz para o desenvolvimento humano e profissional de seus filhos.

Já conhece uma escola que aplica atividades práticas para fixar o conteúdo teórico? Aproveite para conhecer melhor o método de ensino do Colégio Academia. Entre em contato com a instituição e se informe em detalhes sobre o nosso trabalho!

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